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AEDES

OMS alerta que quase 4 bilhões de pessoas correm risco de infecção pelo Aedes

Fatores ambientais e a adaptação a grandes altitudes favorecem a proliferação do mosquito

Publicado em 17/04/2024 às 16:00
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Quase quatro bilhões de pessoas no mundo estão sob risco de infecções transmitidas por mosquitos Aedes (Foto: Agência Brasil)

Aproximadamente quatro bilhões de indivíduos em todo o mundo estão enfrentando o risco de infecções transmitidas pelos mosquitos Aedes, como o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, responsáveis por doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O alerta foi emitido pela líder da equipe sobre arbovírus da Organização Mundial da Saúde (OMS), Diana Rojas Alvarez.

Participando de um encontro na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília por videoconferência, Diana enfatizou que a estimativa é que esse número de quatro bilhões aumente em mais um bilhão ao longo das próximas décadas, principalmente devido a fatores como o aquecimento global e a adaptação do Aedes a grandes altitudes. Segundo ela, o mosquito já está sendo encontrado em montanhas do Nepal e da Colômbia, além de países da região andina.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está ativamente monitorando surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 deles localizados nas Américas, incluindo o Brasil.

De acordo com Diana, os casos da doença têm apresentado um aumento constante ao longo das últimas quatro décadas. Entretanto, em 2023, houve um aumento considerável tanto nos casos quanto nas mortes pela doença, conforme destacado por ela.

“Um novo recorde”, disse, ao citar mais de seis milhões de casos reportados e mais de sete mil mortes por dengue em 80 países.

Diana atribui a expansão dos casos a fatores ambientais, como o aumento das chuvas e, consequentemente, da umidade, propiciando a proliferação do mosquito, juntamente com o aumento das temperaturas globais, fenômenos ambos desencadeados pelas mudanças climáticas.

Além disso, ela enfatizou a importância crucial de aprimorar a comunicação de casos e os sistemas de vigilância dos países em relação às arboviroses para ampliar as ações de prevenção e combate em saúde pública.

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