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CAPACITAÇÃO

Guaíra investe na capacitação de veterinários na prevenção da leishmaniose

Veterinários recebem treinamentos para coleta de amostras para exames de Leishmaniose visceral.

Publicado em 18/04/2024 às 17:00
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Profissionais da Fiocruz e SESA realizaram capacitação para veterinários no Centro de Controle Animal (Foto: Assessoria)

No último dia 27 de março, o Centro de Controle Animal (CCA) da Secretaria Municipal de Agropecuária, Infraestrutura e Meio Ambiente (SEMAIM) em Guaíra, recebeu uma importante iniciativa de capacitação. Profissionais da renomada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (SESA) estiveram presentes para treinar veterinários da região no procedimento de coleta de amostras para exames confirmatórios de Leishmaniose visceral. Veterinários do serviço público dos municípios de Guaíra, Terra Roxa e Palotina passaram por capacitação.

A Leishmaniose visceral é uma doença grave transmitida principalmente pela picada do mosquito-palha, afetando humanos e animais, como cães e gatos. O treinamento teve como foco capacitar os profissionais na coleta de amostras essenciais, como medula óssea, punção de linfonodo, fragmento de pele e sangue, para um diagnóstico preciso da doença. Esta condição compromete órgãos vitais como baço, fígado e medula óssea, podendo levar a complicações severas e até mesmo ser fatal se não tratada adequadamente

O mosquito Flebotomíneo, também conhecido como mosquito-palha ou birigui, desempenha um papel crucial na transmissão da Leishmaniose Visceral. Este inseto se contamina ao picar um cão ou animal silvestre infectado com o parasita Leishmania, e posteriormente pode transmitir a doença ao picar uma pessoa saudável. É importante ressaltar que não há transmissão direta entre pessoas ou entre cães e pessoas. A presença do mosquito vetor é indispensável para que a transmissão da doença ocorra.

Nos cães, os sintomas da Leishmaniose Visceral podem variar, mas incluem emagrecimento, perda de pelo (alopecia), coceira (prurido), descamação da pele (hiperqueratose), crescimento anormal das unhas (onicogrifose), aumento do baço (esplenomegalia) e fígado (hepatomegalia).

É importante destacar que, embora esses sinais sejam comuns em cães infectados, a doença também pode se manifestar de forma assintomática, tornando o diagnóstico mais desafiador.

Devido à possibilidade de animais infectados não apresentarem sintomas visíveis, o controle da Leishmaniose Visceral em cães requer uma abordagem abrangente que inclua não apenas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, mas também medidas preventivas, como a vacinação e o uso de repelentes. Além disso, a educação dos proprietários de animais sobre os sintomas da doença e a importância da realização de exames regulares são fundamentais para o manejo eficaz da doença. Na área urbana, os cães representam a principal fonte de infecção pela Leishmaniose Visceral.

É importante destacar que a incidência da doença em cães tem sido mais frequente do que em humanos, e muitas vezes os casos caninos precedem as ocorrências em seres humanos. Já no ambiente silvestre, os reservatórios da doença incluem raposas e marsupiais.

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