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INCÊNDIO

Autoridades fazem voo sobre a Ilha Grande para avaliar estragos de queima

Câmara protocolou um ofício no MPF, para abrir investigação junto com órgãos fiscalizadores.

Publicado em 06/05/2024 às 12:00
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No último final de semana, o vice-prefeito Gileade Osti e o presidente da Câmara de Vereadores, Adriano Cesar Richter, conduziram um sobrevoo no Parque Nacional de Ilha Grande, com o intuito de avaliar os desdobramentos da recente operação de queima prescrita realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A queima prescrita, conforme esclarecido pelo ICMBio, é uma técnica de manejo de fogo controlada, meticulosamente planejada e executada, com o objetivo de prevenir a eclosão de incêndios florestais incontroláveis. Sua aplicação em áreas naturais sensíveis, como o Parque Nacional de Ilha Grande, visa estabelecer zonas de proteção contra incêndios e promover a vitalidade do ecossistema.

Contudo, os resultados da referida ação não escaparam à atenção da comunidade local de Guaíra, que se viu impactada por uma densa cortina de fumaça, alterando significativamente a rotina dos residentes. O presidente da câmara, Adriano Richter, expressou suas preocupações, fazendo uso da seguinte declaração: "Eu, por exemplo, não pude identificar, do alto, quaisquer rotas de fuga para a fauna, o que pode ser interpretado como uma falha no controle".

Richter destacou ainda que a Câmara de Vereadores emitiu um posicionamento oficial sobre o tema, sugerindo a realização de um estudo aprofundado para modernizar as técnicas de manejo de incêndios. A eficácia do controle dessas queimadas também foi questionada pelo órgão legislativo, que ressaltou a ausência de evidências de uma supervisão adequada durante todo o processo.

Diante dessas questões, a Câmara protocolou um ofício junto ao Ministério Público Federal, demandando uma investigação conjunta com os órgãos fiscalizadores ambientais, a fim de explorar alternativas tecnológicas mais avançadas para o manejo ambiental.

Adriano Richter reiterou sua posição contrária a qualquer forma de queimada, expressando sua preocupação com a abordagem vigente e defendendo a busca incessante por métodos mais eficazes de combate a incêndios e preservação ambiental. "Não podemos mais tolerar anualmente essas práticas de queima, a menos que se prove inequivocamente que esta seja a única solução viável", finalizou.

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