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DESASTRE

Vereadores denunciam ação predatória em área de preservação ambiental

A Câmara Municipal enviou um ofício cobrando do ICMBio explicações sobre a "Queima Prescrita"

Publicado em 30/04/2024 às 18:00
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Vereadores encontraram um tamanduá bandeira carbonizado. (Foto: Redes Sociais)

Vereadores José Cirineu Machado e Cristiane Giangarelli fiscalizaram a área atingida. (Foto: Redes Sociais)

A cena, segundo os legisladores, era desoladora. (Foto: Redes Sociais)

No dia 30 de abril, os vereadores José Cirineu Machado e Cristiane Giangarelli protagonizaram uma cena de indignação ao vistoriar uma área de preservação ambiental atingida pela queima prescrita, uma ação do Instituto Chico Mendes para supostamente promover a renovação do ecossistema.

Os vereadores disseram que o local, que deveria ser um refúgio para a fauna e flora, se transformou em palco de desolação, com animais mortos e colmeias de abelhas carbonizadas. A ação, documentada em vídeos e fotos compartilhados nas redes sociais pelos vereadores, revelou um cenário de destruição e negligência que, segundo eles, é resultado da falta de atuação efetiva do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Durante a vistoria, os vereadores testemunharam diversos focos de incêndio que consumiram a vegetação. Com pesar, eles se depararam com a trágica visão de um tamanduá bandeira carbonizado, cuja imagem servirá como prova em uma documentação a ser encaminhada ao Ministério Público Federal. Para José Cirineu, é inadmissível que o ICMBio, órgão responsável pela proteção do meio ambiente, permaneça inerte diante de tamanha destruição.

Cristiane Giangarelli expressou sua consternação diante da situação, destacando que em um mundo que clama por preservação e respeito à biodiversidade, a atuação negligente do ICMBio é inconcebível. Ela questionou a falta de interesse do órgão em extinguir os focos de incêndio e proteger o ecossistema, especialmente quando se trata de uma instituição federal que deveria ser exemplo de conservação.

O descontentamento dos vereadores vai além da inércia do ICMBio; eles também levantaram a questão da fiscalização. Enquanto muitas vezes os pescadores são alvo de fiscalizações rigorosas, no caso da ação desastrosa do ICMBio, questiona-se quem estará atento e responsável por monitorar e coibir tais práticas predatórias.

A Câmara Municipal de Guaíra, se posicionou duramente contra a queimada promovida pelo ICMBio, tanto que encaminhou na última segunda-feira, um ofício pedindo esclarecimentos sobre as queimadas e a aplicação do Plano de Manejo na região, fundamentando-se em relatos e evidências visuais apresentadas pelos residentes locais, que atestam os incêndios e seus impactos irreparáveis sobre a flora e fauna do parque.

O oficio ressaltou que além dos danos ambientais, os incêndios têm exercido uma influência direta sobre a população de Guaíra e arredores, ocasionando prejuízos à saúde pública. A persistência da fumaça resultante das queimadas tem contribuído para o agravamento da sensação térmica e o aumento de complicações respiratórias, conforme relatos médicos.

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